sábado, 17 de dezembro de 2011


é tão estranho você querer escrever, mas não saber ao certo o que escrever. isso tem acontecido comigo. eu ando não encontrando mais palavras para poder me expressar. acho que até a escrita anda fugindo de mim. e se isso realmente acontecer, não haverá mais nada de bom em mim. adimito.
a questão é que eu estou perdida. é, eu não sei mais onde estou, o que eu sou. eu ando com medo do futuro. esse desconhecido tem me apavorado muito ultimamente. eu sei que tenho ficado cada vez mais louca. eu tenho piorado. as minhas crises já não são mais como antes, elas estão mais fortes, estão piores. e eu não posso explicar, porque não iriam compreender. isto não é o que eu sou. eu já não sei mais o que pensar, e toda essa vida de ilusões que eu criei, está se desmoronando. eu sinto como se tudo em minha volta estivesse acabando. eu estou tombando, e eu sei que se eu cair, eu não vou me levantar mais. eu estou morrendo, e ninguém se importa.
i'm lost, no guide.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011


Simplesmente um dia a mais, e tenho a minha frente a chance de recomeçar. Meus olhos já não transmitem mais a minha fraqueza física, transmitem apenas uma força que eu venho tentado mostrar, que eu venho tentado sentir, e me apoiar. As roupas têm parecido maiores, mas porque continuo me vendo enorme? Não se fazem mais espelhos como antigamente? "Seus pais não te entenderiam, então jogue a maldita comida pro cachorro. Vamos lá, não seja fraca agora." - porque isso não tem saído da minha cabeça? fica martelando cada vez mais na minha mente. E os dias continuam sofridos como sempre, olhares atentos analisam cada parte do meu corpo.. Minha mãe parece ter cansado da luta diária para que eu coma, ela é uma desistente. Assim, será, como eu? Não, eu não posso desistir. Não agora. Sou taxada de louca, e de repente ser chamado de louca, até me anima.. o ser normal é que não me atrai. As pedras do caminho não me mantém no chão. Já não mais. Porque, quando eu me reerguer vou poder provar que o que não me destrói me deixa ainda mais forte.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011


não, não está tudo bem, porque a minha vida insiste em estar de cabeça pra baixo. mais uma vez abandonada por todas as pessoas. elas não sabem, nem nunca vão saber, das lágrimas que escorrem pela minha face. lágrimas incontroláveis de pura dor. a dor do esquecimento. é como se eu deixasse de existir, simplesmente fosse apagada das lembranças de todos, da vida de todos. e cada vez mais eu me afogo no meu desespero, me afundo no poço de amargura. e depois ainda têm a capacidade de esperar algo bom de mim. não, eu não quero ficar bem, não quero ter esperança de mais nada, porque o mundo não merece. meu Deus, onde eu vim parar. cheguei ao fundo do poço e ando cavando cada vez mais fundo, cada vez mais eu me enterrando. talvez eu já esteja mesmo morta, talvez a unica coisa que vague por ai, é o meu corpo sem vida, sem esperança. sabe, eu daria a minha vida pra cessar essa dor. eu acabaria com a minha vida, se essa dor acabasse. porque eu não estou mais aguentando. dói tanto, e isso está me enlouquecendo. e então, eu tento esvaziar toda essa dor, e nessa ilusão de retirar tudo isso de dentro de mim, acabo me ferindo por fora, tentando matar o que há dentro. e é como se eu não tivesse mais vida alguma dentro de mim, a minha alma esta despedaçada e não tem ninguém pra me dar apoio. ninguém.

terça-feira, 25 de outubro de 2011


Como se ela não pudesse mais suportar o que sentira, deixou então que as lágrimas escapassem. As malditas lágrimas, mais uma vez. A dor viria de novo, mais uma vez ali estava presente toda a sua dor. Presente em apenas um pedaço de uma coisa cortante qualquer. Tudo está tão vazio agora. Não há ruídos, aromas, risos, nada. Há apenas solidão. A minha solidão. Tão estranho carregar uma vida inteira dentro de um corpo, e ninguém suspeitar dos traumas, das dores, dos sofrimentos. Me ajude, tenho feito isso de novo. Eu tenho estado aqui muitas vezes antes, machuquei a mim mesma de novo hoje, e, a pior parte é que não tem ninguém para culpar. Eu me perdi de novo, me perdi e não há lugar nenhum pra me encontrar. É, eu acho que poderei quebrar. Me perdi de novo e me sinto insegura. Estou me sentindo sozinha, eu não posso respirar, eu caio em pedaços, estou caindo.

quinta-feira, 7 de julho de 2011


Eu estou caindo. Caindo deliberadamente do abismo, e entrando num poço escuro, e dessa vez, o fim do poço parece estar cada vez mais fundo. É como se nada pudesse me salvar, como se nada pudesse me tirar de lá, e eu continuo caindo, caindo. Eu já não sei mais onde me apoiar, o que buscar. Eu perdi o rumo de tudo, o tudo perdeu o sentido pra mim.. Se é que algum dia o tudo teve algum sentido. Eu sinto medo de mim mesma, eu sinto medo de sair, eu sinto medo de me olhar no espelho, eu sinto medo de sorrir. A todo tempo, a toda hora. É como se eu quisesse gritar, quisesse fugir, mas estivesse presa, estivesse amordaçada.. E ninguém entende isso, ninguém dá a mínima pra toda essa merda acontecendo. Então que se foda essa porra toda sabe? Que se foda a vida, e que eu continue caindo cada vez mais, que eu continue me enterrando cada vez mais, já que eu não faria falta alguma, eu não me importo. Eu só estou cansada dessa vida, eu só estou cansada de respirar. De sobreviver nessa merda toda. Vocês foderam com tudo, e agora, eu estou me fodendo.

sexta-feira, 1 de julho de 2011



É um belo mundo, com pessoas feias. Eu coloquei uma camiseta para cobrir minhas cicatrizes. Como seria ter você de volta.. E toda vez que vejo manchas de sangue, eu sei que você não vai voltar. Eu sei exatamente como é querer morrer, como dói sorrir, como você tenta se ajustar e não consegue, como você se fere por fora tentando matar o que tem dentro. Eu sei o que é saber que toda vez que eu cair, terei que segurar apenas em mim mesma, porque eu não tenho ninguém para me apoiar. Ao fazer o que ela me obriga, ao tentar deixar de viver no meu mundo para viver no dela, a situação foge do meu controle, consequentemente ocorrendo às tantas culpas enlouquecedoras, seguidas por algum tipo de purgação ou automutilações. A realidade é cruel e fria. - She cuts herself. Never too deep, never enough to die. But enough to feel the pain.
Será que é tão difícil perceber que eu não estou bem, e que eu não quero a ajuda de ninguém? por favor, me deixem morrer em paz. - I don't need to be saved.

quarta-feira, 8 de junho de 2011


eu não sou uma garota que se encaixa em tipos. eu sou diferente, eu sou estranha. as pessoas não entendem, elas não entendem que eu gosto de ser só, que eu aprendi a ser só. que eu odeio pessoas ao meu lado enxendo o meu saco, falando a toda hora, esboçando sorrisos falsos, dizendo palavras que apenas são ditas, promessas falsas. sempre puxando assuntos só para o clima não ficar chato. eu não me importo em dizer algo, as melhores coisas não são ditas, são sentidas. de que me adianta dizer palavras só para quebrar o gelo, pra deixar tudo menos constrangedor? não me adianta em nada, eu prefiro ficar na minha. e é por isso que as pessoas ficam tão constrangidas em estarem perto de mim, porque eu fico em silêncio, eu fico quieta, escutando apenas meus pensamentos. lutando contra todas as vozes que estão em minha mente, e por mais que eu lute, elas continuam lá, elas insistem em ficar. eu sempre tive somente a mim, somente ao meu jeito, somente o meu cheiro, somente as vozes na minha mente. e é isso que as pessoas não entendem e acho que, sinceramente, nunca irão entender. e isso me causa uma certa fobia. fobia de gente, fobia de seres humanos, e isso sim, é estranho. são poucos com quem me preocupo em dizer algo, em abraçar. mas isso é tão raro, que nem parece ser feito ou dito por mim. eu acabo usando meu silêncio contra mim mesma.
          e se eu contasse toda a verdade sobre mim,                    ainda assim me amaria?